quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Professores aprovam greve geral a partir do dia 17 no Paraná

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A assembleia estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), realizada na manhã desta quarta-feira (12), com a presença de dois mil educadores, em Curitiba, definiu que haverá greve geral na rede estadual da educação pública do Paraná, a partir da próxima segunda-feira (17).

Conforme informações divulgadas pela APP-Sindicato, a maioria dos presentes decidiu em votação a deflagração da greve. O principal motivo foi devido ao não pagamento da data-base para janeiro de 2017, que era a conquista da última greve dos educadores. Foi enviada uma proposta à Assembleia Legislativa para "suspender o pagamento do direito e condicionar o pagamento das promoções e progressões (mais de 600 milhões em atraso) às sobras do caixa do Estado".

Em nota emitida nesta quarta-feira (12), a Secretaria de Estado da Educação (SEED), reitera que tem mantido o diálogo aberto, com a realização de reuniões periódicas na secretaria e na Casa Civil.

"Todas as demandas dos professores e funcionários da educação estão sendo analisadas", ressalta a nota. Em relação à principal reivindicação, do pagamento das promoções e progressões, a SEED afirma que pretende implantar esses pagamentos a partir de janeiro de 2017.

A secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, destaca que o Governo do Estado tem feito todos os esforços para efetuar os pagamentos o mais breve possível, mas isso depende da evolução do orçamento.

Sobre o calendário escolar, conforme a SEED, as reposições devem avançar até 2017, pois as aulas deste ano terminam em 21 de dezembro, devido às duas paralisações de 2015. Para dar sequência às negociações, um novo encontro está marcado para a próxima quarta-feira (19).

Pauta

A pauta de reivindicações desta greve é a retirada das emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), contidas na Mensagem 043/2016 que alteram o pagamento da data-base, pagamento das dívidas com os educadores (promoção e progressão, equiparação do salário dos funcionários e funcionárias agente I ao mínimo regional e reajuste de vale transporte para os educadores e educadoras PSS); a retirada da falta do dia 29 de abril; a manutenção do PDE e das licenças especiais e, no âmbito nacional, contra a MP do Ensino Médio, a PEC 241, o PLS 54 (antigo PL 257) e contra a reforma da previdência.

Calendário

Nesta quarta-feira (12), comandos de greve e mobilização em todas as cidades já estão sendo organizados. Na quinta-feira (13), será realizado um debate sobre a MP do Ensino Médio, organizado pela SEED, nos Núcleos Regionais de Educação. Na sexta e no sábado (14 e 15), estão programadas vigília e mobilização junto aos deputados estaduais.

Na segunda-feira (17), será iniciada a greve geral dos trabalhadores. Na terça-feira (19), terá a reunião do FES com o governo, com concentração em Curitiba e Região Metropolitana, além de uma reunião com o comando de greve para avaliar a convocação de uma assembleia estadual. No dia 25 de outubro, terá o ato estadual do FES e no dia 11 de novembro, está prevista a greve nacional unificada.

UEL

Os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) deflagraram greve de três dias em assembleia realizada na terça-feira (11). De segunda a quarta-feira da próxima semana, as aulas na instituição estarão suspensas. Na quinta-feira (20), uma nova assembleia deve definir como serão as próximas mobilizações.

O Sindicato dos Servidores Públicos Técnico Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (ASSUEL), realiza nesta quinta-feira (13), duas assembleias para aprovação da greve da categoria, às 9h, no Anfiteatro do CESA/UEL (Centro de Estudos Sociais Aplicados) e às 12h no Anfiteatro do HU.

UENP, UNESPAR e UNIOESTE

Segundo o Sindicado dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (SINDIPROL/ADUEL), docentes da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) de Bandeirantes e Apucarana decidiram por três dias de greve, após assembleias realizadas na terça-feira (11).

As atividades serão paralisadas nos dias 17, 18 e 19 de outubro em resposta à proposta do governo do não pagamento da base-salarial. Na próxima quinta-feira (20), novas assembleias estão previstas.

(Fonte: Bondenews)

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