Por Marina Sequinel e Danaê Bubalo
O segundo laudo do Instituto Médico Legal de Curitiba (IML), agora definitivo, confirmou que obebê João Miguel Martins, de apenas seis meses, morreu devido a uma asfixia mecânica causada por sufocamento. O exame identificou também edemas no cérebro, pulmão e coração da criança.
O bebê foi encontrado morto no dia 4 de março dentro de casa, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. A mãe de João, Adamaris Martins, culpa a babá pela ocorrência. “Pelas marcas no corpinho dele dá para ver o que ela fez. Acho até que ela batia nele. Quando eu cheguei na residência, ele estava todo roxinho, já tinha entrado em óbito”, declarou ela em entrevista à Banda B na noite desta sexta-feira (15).
Segundo ela, a babá chegou a telefonar para pedir desculpa. “Foi uma ligação de uma hora e meia. Mas não tem desculpa para o que ela fez, ele não tinha como se defender. Eu não posso perdoá-la, só Deus pode. Eu perdi meu filho, o emprego… A minha vida não anda mais depois que ele morreu. Eu só quero justiça”, desabafou. Após a ligação, ela não fez mais contato com a família.
Investigação
De acordo com o delegado Nasser Salmen, da Delegacia de Almirante Tamandaré, ainda não há indícios que possam comprovar a participação ativa da babá na morte da criança. “Sufocação mecânica não quer dizer que, necessariamente, houve uma mão ou um esforço para asfixiar o bebê. O próprio menino pode ter se curvado de uma forma que ficasse sem ar. A babá pode ser responsabilidade sim, por negligência, e responder por homicídio culposo. Mas ainda precisamos investigar o caso”, explicou.
O caso
No dia da ocorrência, a babá deixou o bebê com a tia de João Miguel, de 15 anos, uma amiga de 14, e a filha da vizinha, de 10 anos. “A minha menina que encontrou o bebê deitado na cama, com uma bolinha no nariz. Ela achou que ele tinha se afogado ou se sufocado, e saiu pedir ajuda. Só que o pequeno já estava morto. Quando a babá chegou, ela disse para as garotas não mexerem na criança”, relatou a vizinha, que preferiu não se identificar, em entrevista à reportagem na época do crime.
Segundo ela, em seguida, a babá saiu da casa e não foi mais vista. As adolescentes chegaram a afirmar, ainda, que uma manta teria coberto o rosto do menino enquanto ele dormia. Quando elas tiraram o cobertor, no entanto, o bebê já estava com a boca roxa e sem respirar. Socorristas e um médico do Siate não conseguiram reanimar a criança.
No dia da morte da criança, a mãe estava trabalhando e, por isso, deixou o bebê com a babá. Desde então, ela não se pronunciou publicamente sobre o caso. A Delegacia de Almirante Tamandaré investiga a ocorrência.
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