Criado ainda durante dos anos de 1990, movimento que deseja emancipar os três estados do Sul do Brasil
Vale do Taquari - Os últimos acontecimentos da política nacional deram amplitude a um "grito" dado em 1992. Na época, grupo de idealistas de Laguna criou o movimento "O Sul é Meu País". A sugestão que atravessa mais de 20 anos é criar um novo território com os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
A movimentação ganhou força nas redes sociais e já nesta eleição deverá deixar de ser virtual. O secretário-geral do movimento e porta-voz da coordenação, Celso Deucher explica que em 2 de outubro, junto das eleições municipais haverá um plebiscito para saber se há intenção de separar o Sul do resto do Brasil.
A votação ocorrerá de forma paralela e não oficial. "Nós teremos membros do grupo em todas as cidades da Região Sul, junto às sessões eleitorais. Eles vão convidar os cidadãos que votaram à participar da nossa votação." Conforme Deucher, os dados levantados com o plebiscito servirão para dar sequência ao processo.
Depois de ouvir o povo informalmente, os planos do grupo visam o reconhecimento internacional e após a análise interna, para que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) autorize um plebiscito nacional, com peso de escolha popular. "O Estado brasileiro apodreceu, e isso vem de antes mesmo durante a Ditatura Militar. Ele não foi reformado naquilo que é a sua essência, o funcionamento das instituições. Obviamente que com a crise econômica e política aumenta a sensação de descontentamento."
Cresce tanto que um dos perfis no Facebook tem mais de 107 mil seguidores. Conforme a organização, existem ainda fóruns de discussão e outros eventos virtuais que reúnem simpatizantes à causa.
Primeiro, era para separar o RS
Irton Marx (68) é filho de imigrantes alemães e mora em Santa Cruz do Sul. Desde a década de 1970 ele sonha em ver as "fronteiras" do Estado fechadas para o Brasil.
A movimentação ganhou força nas redes sociais e já nesta eleição deverá deixar de ser virtual. O secretário-geral do movimento e porta-voz da coordenação, Celso Deucher explica que em 2 de outubro, junto das eleições municipais haverá um plebiscito para saber se há intenção de separar o Sul do resto do Brasil.
A votação ocorrerá de forma paralela e não oficial. "Nós teremos membros do grupo em todas as cidades da Região Sul, junto às sessões eleitorais. Eles vão convidar os cidadãos que votaram à participar da nossa votação." Conforme Deucher, os dados levantados com o plebiscito servirão para dar sequência ao processo.
Depois de ouvir o povo informalmente, os planos do grupo visam o reconhecimento internacional e após a análise interna, para que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) autorize um plebiscito nacional, com peso de escolha popular. "O Estado brasileiro apodreceu, e isso vem de antes mesmo durante a Ditatura Militar. Ele não foi reformado naquilo que é a sua essência, o funcionamento das instituições. Obviamente que com a crise econômica e política aumenta a sensação de descontentamento."
Cresce tanto que um dos perfis no Facebook tem mais de 107 mil seguidores. Conforme a organização, existem ainda fóruns de discussão e outros eventos virtuais que reúnem simpatizantes à causa.
Primeiro, era para separar o RS
Irton Marx (68) é filho de imigrantes alemães e mora em Santa Cruz do Sul. Desde a década de 1970 ele sonha em ver as "fronteiras" do Estado fechadas para o Brasil.
De acordo com ele, o movimento de separatismo no Estado ganhou corpo na década de 1985. "Naquela época, nós reunimos mais de três mil pessoas, de todas as regiões do Rio Grande do Sul em prol da separação do estado", recorda. Segundo o idealista, até a imprensa internacional esteve no Estado, acompanhando a movimentação.
O assunto tornou-se tão público em 1994 ele quase foi preso pela Polícia Federal. "Mas o movimento separatismo sempre se manteve vivo. Hoje temos mais de 300 comissões espalhadas pelo Estado e, em meio a essa crise política, estamos no momento certo de fechar a fronteira."
Marx conta que em abril já tem uma agenda marcada com o governador José Ivo Sartori, e pretende mobilizar o governo gaúcho a engrossar a ideia de separação do resto do Brasil.
O assunto tornou-se tão público em 1994 ele quase foi preso pela Polícia Federal. "Mas o movimento separatismo sempre se manteve vivo. Hoje temos mais de 300 comissões espalhadas pelo Estado e, em meio a essa crise política, estamos no momento certo de fechar a fronteira."
Marx conta que em abril já tem uma agenda marcada com o governador José Ivo Sartori, e pretende mobilizar o governo gaúcho a engrossar a ideia de separação do resto do Brasil.
"Historinha de internet", diz cientista político
Para Fredi Camargo, cientista político de Encantado, o ativismo na rede social é muito mais forte do que um movimento efetivo de separatismo.
O estudioso conta que incontáveis seriam os problemas na transição desse "estado novo", deixando para trás o Brasil e as dívidas com a União - especialmente no caso do Rio Grande do Sul. Camargo explica que o Rio Grande do Sul teria problemas sérios com a previdência social. "Será que Santa Catarina e Paraná estariam dispostos a pagar por essa conta?"
Outro ponto de interrogação na cabeça do cientista é a definição da sede deste governo. "Os três estados têm fama de 'brigões'. Cada qual iria querer levar para si a capital do país, como isso seria resolvido?"
A descrença bate à porta também no que se refere às estruturas públicas. Emancipados ou não, a população dos três estados é dependente de programas sociais como o próprio Bolsa Família e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), mantidos pelo governo federal. "Eu não vejo essa ideia como uma possibilidade real. Isso para mim é mais uma historia de internet", complementa Camargo.
Leia mais no O Informativo do Vale: http://informativo.com.br/site/noticia/visualizar/id/78586/?Movimento-que-deseja-criar-o-pais-Sul-ganha-adesao-no-Facebook.html#ixzz44KNncubJ
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