Pelo segundo ano consecutivo, a equipe Pato a Jato, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), vai participar da Shell Eco-marathon Americas, em Detroit, nos Estados Unidos. Dez integrantes da equipe formada por 18 pessoas embarcam para a cidade, considerada berço da indústria automobilística. Na bagagem, os paranaenses levam um protótipo de carro capaz de rodar até 400 quilômetros com apenas um litro de etanol.
A competição desafia estudantes dos países da América a projetar e construir protótipos com alta eficiência energética. Eles concorrem nas categorias Bateria, Gasolina, Combustíveis Alternativos, Diesel, Hidrogênio e CNG (Gás Natural Comprimido). Este ano, o evento acontece entre os dias 22 e 24 de abril. Etapas da competição envolvendo nações da Europa e Ásia também ocorrem anualmente.
Novidades e expectativas
Em 2015, a Pato a Jato conquistou o segundo lugar na categoria ‘Combustível Alternativo’, alcançando a marca de 316 quilômetros rodados com um litro de etanol. Concorreu com uma centena de equipes universitárias do Canadá, Guatemala, México e Estados Unidos. Outras quatro instituições de ensino brasileiras também participam da competição.
Para este ano, a promessa é de levar à disputa a versão “2.0” do Popygua. O novo protótipo – cujo nome faz referência à cidade de Pato Branco, onde fica o campus da universidade – tem estrutura de fibra de carbono e, pesando apenas 37 quilos, é 13 quilos mais leve que o modelo do ano passado. “O anterior era de fibra de vidro. Também fizemos alterações no motor, para alcançar mais eficiência. A fibra de carbono precisa se unir às partes mecânicas da estrutura e é difícil prever como o encaixe acontece, mas estamos trabalhando em conjunto e contornando os desafios que aparecem”, explica Mateus Sérgio Rizzi, capitão da equipe.
Para Bruno Bellini Medeiros, professor de metalurgia na UTFPR e um dos coordenadores do time, as expectativas para este ano são positivas. “Nossa previsão é de que o novo protótipo alcance a marca de 400 quilômetros por litro, mas não trabalhamos com metas, apenas queremos que nossa pesquisa melhore a ponto de refletir na melhora da eficiência energética do protótipo e na redução de poluentes a cada edição”, diz.
O grupo também trabalha para ir mais longe: quer construir o próprio motor para usar em uma próxima criação, que deve ficar pronta em até dois anos. “A maioria das equipes utiliza motores adaptados de roçadeiras ou cortadores de grama, por exemplo. Já começamos os estudos para a construção de um nosso. O processo para a criação de um motor é complexo, mas, quando ele ficar pronto, devemos dar um salto bem significativo”, aposta Mateus.
Texto:Claudia Guadagnin/ Gazeta do Povo
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