Na semana passada foi divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) dos municípios brasileiros. O objetivo é avaliar a gestão fiscal das prefeituras, através de cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. Os quatro primeiros têm peso de 22,5% sobre o resultado agregado.
O custo da dívida, por sua vez, tem peso de 10%, haja vista o baixo grau de endividamento dos municípios brasileiros. Este fato reflete a incapacidade da grande maioria dos municípios em contrair dívida, seja pelas inúmeras restrições às quais estão sujeitos, seja pela falta de garantias frente ao mercado de crédito. Todos os indicadores estão em conformidade com os parâmetros definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O levantamento foi feito com base no ano de 2013. Foram analisadas as situações de 380 dos 399 municípios paranaenses, com informações cedidas pelas próprias prefeituras.
A maioria dos municípios avaliados se encontra em situação considerada difícil ou crítica. No Sudoeste do Paraná, 13 prefeituras estão com as gestões avaliadas como boas, 27 com gestão em dificuldade e duas como gestão crítica. O município de Renascença tem o melhor resultado, 5º lugar no Estado, ficando atrás somente de Maringá, Sarandi, Santa Terezinha de Itaipu e Pinhalão.
Dos 42 municípios do Sudoeste, Renascença aparece em primeiro lugar, mesmo à frente de cidades maiores e com economia mais aquecida, como é o caso de Francisco Beltrão que aparece na posição número 33 do Estado, Pato Branco com a posição número 42 e Dois Vizinhos com a posição de número 290 entre os 399 municípios paranaenses. Já entre os mais de 5.000 municípios do Brasil, Renascença aparece na 69ª colocação, Francisco Beltrão na posição 305, Pato Branco na posição 353 e Dois Vizinhos na posição 2.732.
Segundo o prefeito Lessir Bortoli (PT), o resultado deste índice é fruto de um planejamento feito desde o primeiro dia de mandato, investindo bem o dinheiro público, controlando gastos e honrando os compromissos com colaboradores e fornecedores rigorosamente em dia. "Comparado a municípios maiores da região como Francisco Beltrão, Pato Branco e Dois Vizinhos, temos a menor arrecadação, por isso é necessário aplicar bem o dinheiro público. Mesmo o município sendo grande ou pequeno, é necessário nos dias de hoje uma gestão eficiente e com resultado", concluiu o prefeito Lessir.
Índíce Firjan de Gestão Fiscal
O índice de gestão fiscal foi criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para avaliar a administração do dinheiro público. É calculado a partir de dados oficiais, informados pelas prefeituras ao Tesouro Nacional. Os números mais recentes são de 2013. É formado por cinco indicadores: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, custo da dívida pública e liquidez/restos a pagar.
Leitura
A leitura dos resultados, por indicador ou do índice geral, é bastante simples: a pontuação varia entre zero e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação.
Com o objetivo de estabelecer valores de referência que facilitem a análise, foram convencionados quatro conceitos para o IFGF: Conceito A (Gestão de Excelência): resultados superiores a 0,8 pontos. Conceito B (Boa Gestão): resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos. Conceito C (Gestão em Dificuldade): resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos. Conceito D (Gestão Crítica): resultados inferiores a 0,4 pontos.
(*Com informações da assessoria).
(Fonte: Jornal de Beltrão)
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Maioria das gestões municipais do Sudoeste está em situação difícil ou crítica
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