“As crônicas locais não relatam (mui esquecidas andam) o que os curitibanos, no exíguo âmbito dos seus préstimos, fizeram pela insurreição sulina. Todavia, pelos antecedentes, pode presumir-se que, pertencentes embora a S. Paulo, não se engajaram na Legião Paulistana que, ao mando do brigadeiro Labatut marchou a colaborar no extermínio a ferro e fogo de tão valorosa tentativa democrática. Ao contrário: pode se dizer que mais de um curitibano, aperando o pingo e varando sertões, lá se foi espontaneamente prestar serviços de guerra aos esforços libertários do Rio Grande.
“O major Domingos Nascimento (autor da letra do Hino do Paraná), conheceu, aí por 1885, um remanescente desses bravos anônimos, o qual recebera a alcunha de seu berço natal: Antônio Curitiba. Fôra, durante toda a campanha, uma das lanças triunfais das hostes impetuosas de Antônio de Souza Netto, o proclamador da República Rio-Grandense e uma das figuras marcantes no memorável decênio de heroísmo republicano.
CZ/
“Chegara o obscuro veterano a Alferes porta-estandarte. E Domingos Nascimento relatou a sua emoção profunda quando, em triste rancho perto de Porto Alegre, o velhinho lhe confidenciou que ao dissolver-se o regimento, conseguiu guardar a bandeira tricolor. . . Era a sua mortalha; queria ir para a cova envolto naquele farrapo glorioso. . .”*
*In: “Respingos Históricos”. Curitiba, 1939
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