quinta-feira, 16 de abril de 2015

MOVIMENTO SEPARATISTA DEFINE NOVAS METAS PARA 2015

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Celso Deucher, um dos líderes do movimento separatista, concede entrevista exclusiva ao nosso correspondente no Rio de Janeiro, Paulo Manrique
Menos conversa e mais ação. Essa é a meta do movimento “O Sul é Meu País”, que defende a separação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, do resto do Brasil, formando uma nova nação. Essa semana eu conversei com Celso Deucher, um dos líderes do movimento, que conta um pouco do movimento, as motivações e como nós podemos ajudar.
Paulo: A quanto tempo o movimento está trabalhando?
Celso: O Movimento nasceu legalmente em 1992 em Laguna SC, porém já vinha sendo organizado desde 1986. As bases da proposta surgiram a partir do lançamento do livro do constitucionalista Sérgio Alves de Oliveira, chamado “A Independência do Sul” (Martins Livreiro Editor, Porto Alegre, 1986). A partir de 1992 a proposta tomou vulto e passou a se fundamentar através de comitês municipais e regionais em diversas cidades. Sendo que hoje já estamos presentes em 863 cidades do Sul. Queremos chegar ao final deste ano com 100% de presença nos mais de 1100 municípios da região Sul.
P: Porque o grupo quer separar o Sul do resto do Brasil?
C: Existem diversos motivos e ao longo destes 23 anos de luta, dentro da legalidade, realizamos mais de 500 reuniões locais, congressos, assembleias, debates, além de pesquisas de opinião, também para saber o que as pessoas pensam da nossa proposta. Acreditamos que não basta um pequeno grupo acreditar nela, é preciso que nosso povo esteja ciente e convencido do que queremos. Temos recebido amplo apoio da nossa população, pois nossos motivos são de fato fortíssimos. Vejamos alguns deles, que fazemos questão de tê-los na nossa Carta de Princípios para que todos saibam e possam analisá-los a luz da razão. O primeiro grande fator é o Político. Há no Brasil um franco desrespeito à regra constitucional de que "todos são iguais perante a lei", além de que a cada eleitor deve corresponder um voto. A Constituição brasileira permite que a representação na Câmara Federal e no senado sejam viciadas. Uma perniciosa representação parlamentar gritantemente desproporcional, quebra também o preceito estabelecido na Constituição sobre a igualdade entre os Estados Federados. Isso faz com que um cidadão Sulista valha em muitos casos até 36 vezes menos que um cidadão de outra região. Por exemplo, em Santa Catarina um deputado federal precisa mais de 180 mil votos para se eleger. No norte tem deputado sendo eleito com pouco mais de 15 mil votos. Isso dá aos deputados do Norte e Nordeste superpoderes em relação aos nossos e gera o descaso com que o Sul tem sido distinguido permanentemente, relegado sempre a um segundo plano, tendo seus projetos e anseios sempre adiados indefinidamente. Um outro fator que talvez seja o que mais sentimos na pele é o Tributário. A abominável sangria tributária da região Sul, sempre submetida à má distribuição do bolo tributário, que privilegia regiões, discriminando outras, bem como a má distribuição do nosso esforço produtivo que apenas contempla o fortalecimento das oligarquias políticas clientelistas do Norte e Nordeste, em prejuízo das próprias populações daquelas regiões. A permanente discriminação orçamentária, que relega a Região Sul à quase inexistência de investimentos federais; E damos um exemplo bem recente, onde segundo o Portal da Transparência, do próprio governo brasileiro, o Sul, nos últimos quatro anos (2011 a 2014) enviou para Brasília R$ 499 bilhões e recebeu de volta apenas R$ 118 bilhões. Isso é pior que o antigo colonialismo de Portugal. Na época pagávamos cerca de 18% dos nossos impostos. Hoje pagamos 48,3% e tudo que arrecadam aqui, volta menos que 25% para estados e municípios. Outra questão que nos chama a atenção são os fatores sociais. O galopante crescimento da pobreza da população sulina e sua acentuada degradação social, com a proliferação das condições sub-humanas, são fatores que causam indignação, principalmente porque não existe perspectiva de reversão deste caótico quadro dentro do cenário sob o controle do estado brasileiro. Isso nos leva a um outro fator importante, visto os exemplos de roubalheira do dinheiro público, nas operações Lava Jato, Mensalões, BNDES, rombo de quase 9 bilhões na Receita Federal, entre outras recentes e passadas roubalheiras dos agentes do poder central. Os fatores Morais, dão-nos a certeza que é muito difícil reverter o quadro estando unido ao Brasil. A falta de investigação séria e veloz diante das constantes e crescentes denúncias de estelionato, de peculato, de formação de quadrilha e de locupletação com os recursos do erário, com a impunidade que graça nos altos escalões do sistema pseudo-federativo brasileiro, nos fazem acreditar na veracidade e atualidade das afirmações de Rui Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto"... Além destes fatores, existem diversos outros, também importantes, como os fatores culturais, históricos, etc.
P: Algumas pessoas dizem que separatistas são preconceituosos, ou até nazistas. O que o senhor tem a dizer para essas pessoas?
C: Essa história foi inventada pela Rede Globo na década de 1990 e um grande número de teleguiados engoliu e vive repetindo isso até os dias atuais. Vindo de quem veio, já dá para perceber que é contrainformação. Mesmo que não fosse, veja que nossa luta é uma questão Estatal e nunca contra outros povos. Muito pelo contrário, se fossemos qualquer coisa destas não teríamos entre nossos principais líderes judeus e negros. Portanto é um absurdo que as pessoas acreditem em tudo que a Globo diz. Não se informam sobre a causa e muito menos tem o senso crítico para analisar os fatos como eles de fato são.
P: A última pesquisa do GESUL mostrou que 73,32% dos entrevistados são favoráveis à separação. O que falta agora?
C: Não basta uma pesquisa para comprovar que essa vontade faz parte da vontade da maioria da população. Nós estamos agora focados em demonstrar isso através de um Plebiscito Consultivo. E este dia já tem data marcada, será em 2 de outubro de 2016, junto com as eleições municipais. Neste dia, a população Sulista será convidada a dar seu voto a favor ou contra a separação do Sul. Em todas as cidades onde possuímos sedes do Movimento O Sul é o Meu País, nós vamos estar realizando este plebiscito que pretende ouvir 1 (um) milhão de pessoas. Com este resultado em mãos, ai sim, poderemos lutar nos fóruns nacionais e internacionais para que consigamos um plebiscito legal e aceito, para nossa separação.
P: O que o senhor acha da recente declaração da presidente dizendo que o Sul e Sudeste tem infraestrutura demais, que agora é hora de investir na parte de cima?
C: A presidente vem sendo uma grande “aliada” do separatismo Sulista. Desde a sua campanha ela vem colocando o Norte e Nordeste contra o Sul. Esta sua declaração é mais uma prova de que a sua administração despreza o povo Sulista e tem claramente nas suas palavras a percepção de que nossos três estados meridionais, são apenas Colônias de Brasília. Com tais gestos da mandatária nacional, o separatismo Sulista se incendeia e até pessoas que antes não estavam do nosso lado, começam a pensar seriamente no assunto. Não tenho dúvidas de que chegou a hora de darmos um basta a Brasília. É hora de formarmos o nosso próprio país.
P: O que nós podemos fazer para ajudar?
C: Nas cidades onde ainda não há um comitê de apoio a proposta do Movimento O Sul é o Meu País, as pessoas devem começar a se organizar para defender a ideia. Basta juntar cinco compatriotas que comunguem da mesma proposta e eleger uma diretoria local. Entrar em contato com a Comissão nacional e pedir a legalização da Comissão Municipal e pronto, já podem começar a trabalhar. Os principais trabalhos são de conscientização plebiscitária, tendo em vista o Plebiscito de 2016. Então tem que fazer as várias etapas de divulgação local que vai desde a campanha do adesivo nos veículos, até as entrega de panfletos explicativos e as palestras, reuniões, debates e discussões locais.
FONTE: Jornal Balneário Pinhalense, Edição 383 página 03, Quinta-feira 09/04/2015.

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